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PLANO DE ARBORIZAÇÃO DA CIDADE DO PORTO

A 17/5/2023 foi apresentado publicamente o Plano de Arborização da Cidade do Porto, documento estratégico que se propõe a melhorar o espaço da arborização pública sustentável.
Para além disso, o plano pretende potenciar as funções e os serviços de ecossistemas gerados pelas árvores (suporte, provisão, regulação e culturais) nos arruamentos e contribuir para adaptar a cidade e a suas infraestruturas às alterações climáticas. O documento operacionaliza a estrutura ecológica municipal e define uma estratégia para o futuro: que árvores precisamos e que árvores podemos ter, como e em que ruas da cidade.

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FASE 1 - SETEMBRO 2021
CARACTERIZAÇÃO E DIAGNÓSTICO DA ARBORIZAÇÃO DAS RUAS.

Nesta fase pretende-se:
1. conhecer a situação existente da arborização das ruas na cidade do Porto;
2. identificar principais oportunidades e constrangimentos em relação à arborização das ruas;
3. relacionar e discutir a arborização das ruas de acordo com as suas dimensões, fluxos, funções mínimas essenciais e condições microclimáticas.

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FASE 2 - MARÇO 2022 - O PLANO

Nesta fase fornecem-se orientações para se otimizar a presença de árvores no espaço público das ruas, em boa articulação com as funções e atividades que aí ocorrem.
Pretende-se:
1. Potenciar a situação existente para qualificar a arborização das ruas da cidade do Porto;
2. Definir uma rede prioritária de arborização para as ruas da cidade;
3. Conceber modelos de arborização de arruamento que respondam às necessidades encontradas.

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FASE 3 - FEVEREIRO 2023 - PROTÓTIPOS DE INTERVENÇÃO - RUAS, ESPAÇOS E ESPÉCIES

Nesta fase, apresentam-se propostas de arborização para classes de ruas arborizáveis, aplicáveis em casos concretos da cidade do Porto.
Pretende-se:
1. Demonstrar a aplicabilidade e flexibilidade dos modelos de arborização; 2. Explicar a seleção do modelo mais adequado para cada um dos diferentes casos;
3. Demonstrar como os modelos se aplicam à especificidade das ruas em projeto, articulando e explorando oportunidades e constrangimentos existentes na realidade;

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APRESENTAÇÃO PÚBLICA - MAIO 2023

A apresentação do Plano, no auditório da Biblioteca Almeida Garrett, contou com a presença do vice-presidente e vereador do Ambiente e da Transição Climática, Filipe Araújo, e ficou a cargo de Paulo Farinha Marques, coordenador da equipa de arquitetura paisagista da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, e de Ana Monteiro, coordenadora da equipa de bioclimatologia urbana da Faculdade de Letras da Universidade do Porto.

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FEVEREIRO 2024 - AÇÃO CÍVICA DA CAMPO ABERTO E GARRA PELO CUMPRIMENTO DO PLANO DE ARBORIZAÇÃO

A ação «Quero Ser Uma Árvore» transformou caldeiras vazias em manifesto ecológico no Porto, enquanto o Município parece ter adiado planos de arborização.

A Campo Aberto e o Grupo GARRA Porto, em ação realizada na sexta-feira 9 de fevereiro de 2024, ocuparam 40 caldeiras vazias no Porto com tabuletas dizendo «Quero Ser Uma Árvore». As caldeiras são os espaços nas ruas que já tiveram ou se destinam a ter árvores. Inspirada numa ação realizada em Coimbra pelo grupo «Eu também – Coimbra» e reaproveitando as tabuletas lá usadas, a iniciativa chama a atenção para a possibilidade de plantação imediata de árvores nestes locais, sem nenhuma obra necessária.

Da Foz a Campanhã, da Baixa à Asprela, os ativistas espalharam pela cidade uma mensagem construtiva, no sentido da melhoria da qualidade do ar, promoção da biodiversidade e do bem-estar da comunidade. 

Em que ponto está o Plano de Arborização da cidade?

Entretanto, a Câmara Municipal do Porto não tinha no orçamento para 2024 nenhuma verba alocada à concretização do seu ambicioso Plano de Arborização da cidade. Esse plano, apresentado há em Abril/2023 identifica 200 quilómetros de ruas «passíveis de serem arborizadas», além dos 156 quilómetros de ruas arborizadas atualmente existentes (e de 177 km não arborizáveis). Ou seja, é possível mais que duplicar as ruas com árvores na cidade. Mas o Plano parece continuar a existir apenas na gaveta.

Além da plantação imediata de árvores nestas e em todas as outras caldeiras vazias que se possam localizar, a Campo Aberto e o GARRA Porto instam a Câmara Municipal do Porto a revelar o seu cronograma para a concretização do seu plano de arborização do Porto. Planos ambiciosos e cientificamente validados têm de facto interesse mas apenas se houver recursos financeiros para que se tornem realidade.

São urgentes ações concretas para preservar e promover a natureza na cidade; comecemos por estas 40 caldeiras, e avancemos rapidamente para mais ruas.

As tabuletas foram recolhidas pelos promotores da acção poucos dias depois, para permitir o seu uso noutras cidades. A lista das 70 caldeiras vazias identificadas foi enviada ao município, e grande parte delas foram ocupadas por árvores na Primavera/2024. 

Falta cumprir o plano, arborizando ruas que estão por arborizar.

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